Chamas de Outrora
Um louco fascinado por sorrisos
Portas dos sentimentos, portas que fascinam
A razão é simples na forma e complexa na substância
[Um sorriso pode mudar o mundo;
Um sorriso sincero, de fato muda]
Enquanto cai a chuva
Tenta encontrar o sonho que seu sono perdeu
[Onde está você? Onde estamos? Onde estou?]
Relembra o que não viveram
Já não faz tanto frio
As lembranças vêm e vão
O calor da loucura aquece seu corpo e incendeia sua alma
Despertam-se sentimentos.
O sol, tímida e imponentemente, nasce
Mesmo que distante lembra que já é novo dia
Nova chance, novo roteiro, personagens os mesmos
Esses não mudam, não quer que mude
Um novo destino a sua escolha, à sua vontade
A mudança traz consigo incerteza
A inconstância do caminho causa medo
[Permita-se
Abra seu sorriso sempre que vier a tempestade
Por certo, abrigo não lhe faltará]
Nada mais é que um trovão, agora sabe
Vá em frente, levanta-te,
Os homens maus a ti aqui não podem chegar
Verás tão belas chamas quanto às de outrora
Nada mais era que o som de sua cegueira
A qual parecia romper seus tímpanos
Toda tempestade é passageira
O sol nunca deixou de brilhar
[Usa, criança, o inverno para que aprendas
Aprenda a encontrar calor onde somente gelo existe
Não clame por calor sem soltar sua pedra de gelo
Sem fazer derreter o gelo que pulsa em seu peito]
Os dias são assim, precisam-se de novas chances, novas direções
Tão anestesiante quanto o que sente é a noção de que algo está mudando
[Algo precisa mudar]
Não esquecera dos minutos junto àquele sorriso
Toda a loucura, gritos, sons, toda música
Evoluíra, crescera, aprendera
A música se findou, gritos não fazem mais sentido
Não compõe seus sentidos
Somente o som das palavras é agora audível
Tudo resumido a mais um sonho sem sono?
Quem poderá dizer?
Algo quer dizer?
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Daniel Albherto Gabiatti
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