terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Apenas um palpite


Apenas um palpite
 
Olhe os livros velhos na estante;
Livros que nunca leste.
Se é que tens vontade de abri-los
Quissá terá tempo para ler,
Desculpas brotam aos punhados
E nas empoeiradas prateleiras ficam esperando;
Tu te acostumas com a imagem perfilada dos títulos horizontais
O tempo passa, tu envelhece, teus livros não…
O mesmo acontece com os sonhos
Parecem livros na estante do coração
                                          Abra o livro do destino
                                          Abra o livro dos sonhos
                                          Abra o livro da vida
Se não percebes, o tempo passa
Mesmo que te preocupe em perceber, o tempo passa
Já passou e muito, bem sabes disso
Deseja voltar no tempo
Deseja que alguém retire o pó da estante e lhe diga: leia
                                          Seja aquele que percorre as estantes do coração
                                          A biblioteca é fantástica
                                          Os livros em branco
                                          Aguardam que sua caligrafia dite o rumo de sua existência
Deixo aqui apenas um palpite
Abra o livro do destino,
Abra o livro dos sonhos,
Abra o livro da vida.
Retire o pó da estante
Abrace a verdade, o amor e a glória de sua história
Não apenas queira: Seja.
.
Daniel Albherto Gabiatti.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Transcendência


Transcendência

Lá esta, fervendo na loucura dos sentidos
Saboreando seu cálice de veneno,
Imersa em seu negro buraco.
                                          Que seja essa a verdade que desejas
Escraviza-se em litros vazios,
No calor das cinzas pelo chão.
Confunde-se com a realidade que planejara.
Aponta o caminho: sua alma clama, seu corpo chora
Aprenda criança com o anjo que sorri,
Aprenda a importância do destino
                                          Abra tuas mãos
                                          Abrace teu caminho
                                          Brinda tua nova vida
Corre de tudo, de todos,
Daquilo que fora,
Da luxuria que lhe sufocara
Segue rumo à luz, agora já sorri,
Flerta com suas sátiras
Com passado que não é mais seu
Não há choro,
Não há mais lagrimas,
Seu passado é prólogo da nova vida,
O calor das noites frias que viveu se une à energia de seu sol noturno
Sol que brilha como seus olhos
Olhos que fitam o anjo que acima das nuvens paira
Angelical é a voz que ecoa aos quatro ventos
                                          Um sorriso pode mudar o mundo;
                                          Um sorriso sincero, de fato muda
Transcende em sua fuga
Cisma sua percepção            
Se perdoar é esquecer,
Quer apenas do seu futuro lembrar
Nada além de ser
Quer apenas viver.

Daniel Albherto Gabiatti