terça-feira, 14 de agosto de 2012

Ilógicas Entrelinhas



Ilógicas Entrelinhas

A mágica do mundo por vezes move pulsos, passos, pensamentos,
Em doces desencontros traz o acaso surpresas
Moldam-se versos, poesias, palavras
Palavras que tocam, palavras sutis, de força incrível, indescritível
Fazem sentir-se o que há muito estava esquecido,
O que há muito desejava ser sentido.
A sonoridade doce das palavras mágicas que sussurra o acaso
É parte da magia que acalma e aconchega
Palavras que da luz despertam
                                           Na luz fortalecem
Levam do inferno ao paraíso em poucos versos,
Sim, nas entrelinhas ilógicas desperta a razão
E aí rompem-se cadeados e portas se abrem,
 Portas de pedra, pedras de gelo
Gelo que impede o pulsar do coração
É na chama das boas lembranças, no mágico sussurrar do acaso que se abrem as portas
                                           Ao pó vai a pedra,
                                           Ao calor, o gelo
                                           Ao sorriso, a lágrima
O aconchego sereno das doces palavras que sentes antes de dormir
O caloroso beijo de boa noite que dos lábios da vida tocas
Traz consigo a certeza que foi, é, e pode ser tudo tão lindo, tão intenso,
A certeza de que cada lembrança de momentos felizes deveria evitar a queda de lágrimas noturnas
A certeza de que choras não por uma ausência, mas pela existência de algo único
Algo que não deixou de ser, algo que ainda é,
É dentro de ti, por ti, para ti.
                                           Basta perceber
                                           Basta as entrelinhas observar
As boas lembranças são a agulha da bússola que pela tempestade mundana passos firmes guia
Passos que nunca saem do salto
Passos que na elegância do andar
Escondem dores que sinuosos caminhos trouxeram
Lições que caminhos ensinaram
Há que se lembrar do que já foi dito
                                           Por mais inconstante que pareça o momento,
                                           Lembra-te, é apenas momento,
                                           Às vezes empurras tanta coisa que sustentar passos sobre saltos
                                           Faz tropeçar até o mais firme dos passos,
                                           Pois então, leva contigo viagem adiante o que realmente importa
                                           Leia ilógicas entrelinhas
                                           Perceba que até mesmo a noite tem sua luz
                                           A noite no brilho das estrelas,
                                           No brilho da lua, encontra a luz
Veja nas irônicas entrelinhas da história que por mais que muito tenha trazido
Por mais que tanta dor tenhas sentido
Nada deixou de ser
Há muito a ti
Há tudo a ti
Levanta-te mais uma vez, lava o rosto, olha no espelho
Veja tudo que és,
Que(m) podes ser,
Crê, segue em frente, orgulha-te,
Orgulhas diariamente quem mais queres orgulhar
Tudo que em ti reluz, é ouro
Como o sol brilhas, já disse outrora
Saiba que cativas com sorriso farto o coração daqueles que merecem a luz que irradia de seu olhar
Do olhar que as ilógicas entrelinhas deves aprender a observar.

Daniel Albherto Gabiatti.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Sim, a velha redoma.

Sim, a velha redoma.

Ainda lembro-me de ti
Sei quem és
Teus olhos encontro eu em cada esquina
Meia volta, volta e meia estás aqui
Como pode tanto tempo ficar ausente
Desfiz-me de tua presença acreditando ser o melhor
                                           Sem perguntar se melhor era
                                           A que ou a quem
Imerso em rituais
Crenças e superstições
Buscas segurança
Ser normal já é um sonho
A figura do sagrado em tua mente toma conotações diversas
Sim, bem sei.
Ainda lembro-me de ti
Sei quem és
Teus olhos encontro eu em cada esquina
Coragem que te falta
Nas notas de Chopin busca alento,
                                           Sábia escolha
                                           Busca, apenas busca respostas e soluções
Estagna neste estado, pois o medo das soluções maior é
Sim, maior que a redoma supersticiosa em que se apóia todos os dias
Beethoven – talvez – não teve a chance de brindar sua alma com sua própria música
Coisa que neste instante fazes
E ainda assim sente-te um lixo
Buscas no inalcançável
Nas esfarrapadas desculpas diárias esquivar-se do que realmente deves ser
De quem és, mais ainda, de quem queres ser
Tudo isso por quê?!
                                           As respostas em sonhos esperas encontrar
                                           Sentar e esperar
                                           Melhor dizendo, em teu caso, dormir e sonhar
Não há mais tempo para isso
Quanto vale um minuto de tua vida?
A cada minuto que jogas fora
É menos um minuto que tens próximo a quem amas
Assim como Beethoven não necessitava ouvir fisicamente sua obra
Brindava sua alma com o que lho era,
Sua genialidade transcendia os limites físicos
Tu também podes romper tua redoma de medos, superstições e carências
                                           Mil desculpas poderia ele ter encontrado, aos punhados!
                                           Deixar de compor, sumir em meio à suas superstições
                                           Fácil seria!
                                           E a sonata ao luar estaria a embalar estes versos após 200 anos?
Exatamente, não há mais tempo para desculpas
                                           Lembra?
                                           Há tempo sim, para que o tempo te surpreenda
Confiança, segurança, fé
Levantar a cabeça é o que precisas
Cuida de ti, investe tempo e energias em que (quem) amas
Ressuscita o brilho dos olhos
O sorriso da face
A dignidade da leveza do sono
Resgata o velho eu, una-o à experiência de quem és
Torna-te seu eu
Eis quem sou, quem somos:
Quem fomos, quem somos e quem queremos ser.
Daniel Albherto Gabiatti.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Identidade


Identidade

Tal como um retrato
As palavras descrevem, registram, transmitem
Quão mágico o ato de escrever em sua complexa simplicidade
Quão sábio é o ser que das palavras se apropria
Nas palavras se fortalece
E de que valem as palavras sem a vida que lhes inspira?
Ou ainda a vida que n’elas se espelha?
Palavras que já disse, simples se apresentam,
Profundas tocam quem delas se aproveita
Tantos sentimentos da alma ao papel
Da Ilíada à Identidade
De Homero ao mais anônimo dos aventureiros escreventes
Tenho em mim todos os sonhos do mundo, ouviu dizer
                                          Concordou
Tanto quer fazer, tanto precisa mudar
                                          O mundo é o que quer transformar
Não percebe que muda o próprio mundo,
A cada passo, cada instante
Em cada lágrima, cada sorriso, cada palavra
Sabe que em si –seu – universo é tão complexo quanto o cosmos que deitada observa
O que a faz pensar que o mundo poderá mudar é a fantasia que alimenta
A fantasia que tece suas odisséias
Que forma sua identidade
                                          Bem sabes, és a única que poderá o mundo mudar
O mundo em que as mais belas fantasias afloram
O mundo que cultivas, que sonhas
O mundo em que vives,
Onde tece tua realidade,
Aqui, agora, para sempre.

Daniel Albherto Gabiatti.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Conversas e Conselhos


Conversas e Conselhos

Escute minha voz
Escute o sentimento que pulsa, sentimento que aflora
Sinta a pureza da água
Deixe-a lhe trazer a realidade
Deixe-a beijar seus lábios, tocar sua face
Olhe no espelho
Esqueça os gritos, ordens ou dissabores,
Esqueça de tudo o que queres lembrar,
                                          Realmente precisas lembrar?
Lembra-te daquilo que simplesmente há
Lembra-te de tua voz, dAquela voz
                                          Sussurros, conselhos,
                                          Sentidos e direções
                                          Tudo aí está
Há quanto tempo não ouves aquilo que dizes?
Aconselha-te, orienta-te,
Sê quem és, assuma-te frágil
Reconheça-te Gigante
Acredite, há muito mais
Há muito mais de ti, há muito mais destes que a cercam.
Olhe no espelho
Teus sonhos possuem a grandeza do que vês?
                                          O que realmente vês?
                                          O que fazes para continuar?
                                          Como pretendes prosseguir?
Pois é, até aqui vieste,
Há uma razão para aí estares, certo?
Por um ou outro caminho devemos caminhar, que seja, qual seja…
Em ti puseste teus limites, por quê?
                                          Liberta-te
Toda a ajuda que necessitas em ti encontrará
Sei bem, é mais fácil outros ajudar
                                          E quanto a você?
                                          Não é fácil olhar no espelho e saber o que dizer
Manter-se forte, tamanha grandeza
Olhar no espelho
Sentir a pureza d’água
O rosto lavar, rosto enxugar
Olhos abrir, vida sentir
A tua realidade buscar
E a redenção,
O destino abraçar
                                          Daniel Albherto Gabiatti.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Surreal Realidade


Surreal Realidade

Já disseram: és um visionário
Sim, vê a bondade no olhar de uma criança
Visionário da sutileza das flores,
Da delicadeza das borboletas
Do sorriso da realidade.
Visionário, ainda não desistiu de seu mundo 
                                          Nosso mundo…
Tantas faces debochadas
Tantas palavras irônicas
Sorrisos amarelos
Orações sem fé
Fé de mais, visão de menos
Orações dos joelhos dobrados
Dos olhos fechados
                                          Fechados ao mundo
                                          A nosso mundo
É tão simples se entregar
Seguir a maré e desacreditar.
A obviedade dos sentidos não o convence
É a imensidão dos pensamentos que lhe atrai.
Segue seus sentidos direcionados pelos sentimentos
                                          Sentindo o sexto sentido
Sente-se exposto, mas completo
Exposto nos delírios autênticos,
Nos sonhos reais
                                          Surreais
Arde na realidade delirante
Realidade ardente
                                          Da carcaça crua e nua
É o que lhe completa
A realidade que cultiva
                                          Aquela semeada pelos sentidos
                                          Regada por sentimentos
Realidade que delira,
Realidade que arde,
Realidade que atrai.
É seu mundo, o mundo ideal, o mundo real, surreal.
.
Daniel Albherto Gabiatti.

domingo, 31 de julho de 2011

Ilógico pulsar



Ilógico pulsar

Ilógico pulsar
Inexperiente andar
Inocente olhar
A frieza das gotas d’água que traz a chuva
O calor das lágrimas que traz a saudade
Brilha o contraste,
Ecoam as lembranças
Passam as horas,
Vão-se dias, semanas
Voam os anos
E quem é que liga?
Quem tem tempo para se preocupar com o tempo?
Talvez seja mais fácil deixá-lo ali ao lado
Talvez seja
                                          Desde quando o “mais fácil" é o melhor?
                                          Os caminhos que já existem
                                          Por alguém foram feitos
                                          Por eles só se vai onde outros já estiveram
                                          O comum a ti não serve
Procurar, sim caminhar
Caminhar, sim viver.
No brilho do caminho vibra o ilógico pulsar
Na inexperiência dos passos, a descoberta
Na inocência de um olhar, a beleza do coração
Tempos ou destinos
Caminhos ou Momentos
Caminho para o destino
Momentos de um tempo que simplesmente será
Momentos de um tempo que sinto pulsar,
De um caminho que aprendi a caminhar
Da Luz que vejo brilhar.

Daniel Albherto Gabiatti.

domingo, 17 de julho de 2011

Valores


Valores

Quantos universos uma mente pode suportar?
Gritos, gemidos e a insana harpa ecoa aos quatro cantos
Cantos de uma mente que gira,
Insanamente, mente insana
Mente real, realmente é real, onde foram as fantasias?
Quem matou a inocência,
Quem semeou sonhos e esqueceu da real insanidade
E minha realidade?
                                          Play the game,
                                          Play my game,
                                          Lets roll the dices…
Certo, deixa os dados rolarem
Deixa a vida acontecer, deixa o mundo girar
De as cartas, sim destino, deixa as cartas decidirem
Sabe, andar é fácil,
                                          A direção, nem sempre.
 Escrever é fácil,
                                          Versos vêm, versos vão,
                                          Versos em vão, à escolha.
Viver é fácil, deveria ser fácil?
                                          Alguns segundos duram anos,
                                          Alguns anos vivem-se com a intensidade de segundos,
                                          Não pisque, não há tempo, viva.
Anos em dias, dias em anos
Sim, isso deveria ser fácil.
Ajuda-me, ensina-me, guia-me!
                                          Caminhe, siga seus passos
                                          Olhe-se no espelho, no espelho d’alma
                                          Sinta, reflita, entenda, viva
                                          Viva e deixe viver, viva e saiba que vai morrer
Sim, a vida leva, a vida traz
Sigo, passo a passo,
Poste a poste,
Vida a vida,
Vida ou morte,
Realidade ou insanidade
Tudo é uma questão de valores
O que sei, o que quero, o que (quem) amo
Sim, tudo é uma questão de valor,
O fiel da balança é o valor que ofereço a meus passos,
O valor que ofereço a vida
O valor que ofereço a minha insanidade
O valor da minha realidade.

Daniel Albherto Gabiatti.

sábado, 18 de junho de 2011

Eis a Luz


Eis a Luz

Presa nos nós que deu em sua consciência
Relutando a tudo e a todos,
Lutando contra si alimentava seu vício
Seu masoquismo psicológico, o pólo magnético de sua consciência
Perdera muito, perdera o mais importante, perdera sua autodeterminação
A vida segue, sim, a vida leva, a vida traz
A mão que bate é a mão que educa
                                          Vida que bate, vida que ensina,
                                          Piedosa Mão que afaga, firme Mão que guia
                                          Abra os olhos, sim
                                          Levanta, confie, há muito pra ti,
                                          Há muito para todos nós
                                          É a luz, eis a luz…
A tranquilidade soa em seus ouvidos, beija seus lábios, inunda sua alma
Sim, eis a calmaria que a consciência clamara
Demorou tanto…
Quanto tempo perdera,
Quanto tempo sem ouvir, ver, andar ou sentir
Quanto tempo sem viver.
Entendera a mensagem…
Decidiu dar a si mesma uma chance, era tudo o que precisava, era o que faltava
Vive, sim, agora vive com sua realidade, flerta com sua loucura
Baila aos braços de seus sentimentos
Passo a passo, poste a poste, noite a noite
Caminha, baila, flutua
Vive; sim, apenas vive.

Daniel Albherto Gabiatti.

terça-feira, 24 de maio de 2011

O andar dos versos


O andar dos versos

Surpreendo-me com a facilidade das palavras
Escrever é fácil
Repetem-se as letras, juntam-se as silabas,
Perdem-se os sentidos, misturam-se sentimentos
Na facilidade da escrita
Na dificuldade da transcrição
Na decência que confessas
Na infâmia que deliras.
A porta fechada com música aos berros comemora
É o som do triunfo;
É o cintilar da essência
No sorriso dos versos que demonstra o delírio
No choro que consome a realidade dos sonhos superficiais
Nos versos com sentido,
Versos delirantes,
Versos que recordo,
Versos de aconchego,
Versos que não canso de enfileirar.
Andar é fácil,
A direção, bom, aí não sei.
O destino pode ser o objetivo
Mas, é o caminho que traça a beleza do destino
Andar,  sorrir, escrever
Tudo tão simples, tudo tão obvio, tão próximo
Ande ou escreva, escreva andando, ande escrevendo
Não deixe de notar e anotar a beleza do caminho
Para que em seu destino sinta-se livre para uma nova jornada.

Daniel Albherto Gabiatti

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Algo sobre Amor, Caminhos e Memórias



Algo sobre Amor, Caminhos e Memórias
 
Dois corpos, mentes, caminhos e destinos
O amor contraria as leis físicas, as leis humanas
É o que move o mundo,
É aquilo que fulge a existência
Quem poderia esquecer o brilho dos momentos especiais?
Todos lembram seus momentos, sentem a magia, a leveza, todos amam.
Sorria, sinta, dance, ame
                                               Ame Momentos…
Desde um olhar a chuva de pétalas de rosas
De um bilhete a uma carta
De um sorriso a um jogo de boliche
Dos olhos ao coração
Do momento ao destino
Abrace a loucura, dance e brinde-a
Já disseram, foram julgados loucos por aqueles que não eram capazes de ouvir a música.
Ouça a música, sê a música de teus passos
                                               Construa memórias
A vida não passa de memórias
Não te renda à miséria de memórias vãs
Construa tuas memórias, sim, construa com valores
Preencha tua existência, viva teu destino
Crê no destino, crê nas memórias, crê no amor
Dos Caminhos restarão as Memórias e destas restará o Amor.

Daniel Albherto Gabiatti

quinta-feira, 17 de março de 2011

Mesmas respostas…



Mesmas respostas…

                                          Entender…
Não tente lhe entender
São vários que atuam sobre o mesmo corpo
Personagens, sim, de uma existência que ainda procura direção
                                          Respostas…
Tens sorte ao encontrar o verdadeiro que conheces
São anjos ou demônios, crianças ou adultos
É aquele que semeia admiração nas almas próximas
É, também, aquele que acredita procurar sobras da existência que outrora brilhara
                                          Ainda fulge…
É completo em suas frações
Harmonicamente todos formam o eu que não entendo.
São todos, sem exceção, aqueles que preenchem a existência.
Já brilha tanto quanto o sol da meia noite,
Não contente, busca força para continuar subindo
Não esquecera as pedras do caminho
Construiu com elas seu altar
Sem repúdios ou remorsos
                                          Temores…
Teme àquilo que não se encorajou a fazer
Tem tudo nas mãos
Ainda assim procura exatidão em seus movimentos
Não dá ponto sem nó
Muito menos arrisca a partida pela dama adversária
É assim que sai deste mundo
É assim que a tudo tenta superar
É assim que vê ao inverso o mundo girar
É assim que acredita encontrar a redenção
A tudo percebe, tudo se resume a percepção
                                          Percepção…

Daniel Albherto Gabiatti.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Conselhos


Conselhos

Anos e mais anos vão para o passado passando por nossas cabeças
Passando por nossas vidas
Passando, apenas passando
Não deixe os anos passarem
Mais importante que o passar dos anos é o viver dos dias
É o acordar pela manhã
É o sentir, cheirar, tocar, ouvir, falar, é o andar;
Também é o pressentir
É a sensibilidade que a tantos falta.
Não espere que a vida seja boa, faça-a boa
Não espere, desperte, acredite
Tenho avisado, muitos dizem, muitos avisam
Mas e aí?
Quem liga pra alguém que escreve conselhos na madrugada?
Se conselho fosse bom, seria vendido e não dado, segundo alguns…
Conselho? Desabafo? Despertar? Reflexo?
Chame do que quiser.
Leia, sim leia, pratique, sim pratique.
Por mais que sintas que o mundo de certa forma não é bom,
Faça-o melhor, faça do seu jeito
A fórmula é simples: Queres algo bom, faça você mesmo.
Viva você sua vida.
Escreva seus conselhos
Materialize seus planos
Compre conselhos escritos nas madrugadas por alguém louco o bastante para acreditar que o mundo gira ao avesso
Por alguém que mal conheces
Por alguém que apesar de tudo quer e vai lhe ajudar,
De certa forma irá ajudar, assim espera..
Ouça o que ele diz
Ouça e entenda
Entenda que a vida pode ser simples
E conselhos não são mercadorias, são presentes, estão em toda parte
Estão em todo lugar
Apenas ouça, sinta, veja, receba-os.

Daniel Albherto Gabiatti

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Querer Sonhar



Querer Sonhar

Valoriza tanto seus sonhos
Nas lagrimas de seus olhos,
No sorriso de seus lábios,
Na imaginação da sua mente,
Principalmente na liberdade de seus sapatos
Liberdade sitiada por sentimentos
                                          Querer sonhar,
                                          Dois verbos,
                                          Duas intenções,
                                          Uma realização fictícia
                                          Distribuída em momentos tão reais quanto a vontade
Doce inocência travestida de malícia
Aos olhos ofuscados pela impureza das informações absorvidas.
Nobreza de um coração que desperta descrença
Descrêem os desavisados
Pobres espíritos jovens que tanto tem a aprender.
                                          Tanto recusam a aprender
Coração que move suas mãos em direção a versos de romanesca sobriedade.
Dá sentido e sente as palavras em seus versos
Palavras simples, mas imponentes para seu espírito;
Figura personagens em seus textos
Sublima emoções inserindo doces lembranças do que não vivera,
Move seus punhos ao desconhecido universo de sua mente,
Sente a incrível sensação de formar versos distantes de sua realidade,
Mas tão próximos de sua imaginação.
Molda sua existência nas próprias palavras profetizadas por seus punhos.
Aprende com seus ensinamentos
Por mais que nada de concreto queira demonstrar
Entende que cada figura,
Cada lapso de sobriedade ou fantasia
Emerge do seu eu que tão pouco conhece.
Então,
Valoriza tanto seus sonhos
Valoriza seus anseios
Valoriza seus versos
Quer tanto sonhar,
Sonha para viver
Vive a sonhar
                                          Siga seus sonhos, sim.
Sonhos que acompanham os anos
Que brilham em seu olhar de criança
São eles quem moldam sua existência
São eles que guiam seus versos
São eles que dirão quem serás;
Quando a inocência ceder lugar a seriedade
E seus sapatos não mais flutuarem
A capacidade de sonhar ditará o ritmo de seus passos.
Siga seus sonhos, sim, sinta seus sonhos
Há tempos há tempo.

Daniel Albherto Gabiatti.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Música e Momentos


Música e Momentos

Sinta a energia da musica
Música que pulsa em seu peito
Música que traz consigo bons momentos
Boas vibrações
                                          Ó minha doce criança
                                          Ó meu doce amor
Por vezes temera em ouvir a musica que ecoa em seu peito
O ser humano é supersticioso
Teme o desconhecido
Teme até mesmo o que conhece
Recusa-se a ouvir a musica que corre em suas veias
O som que guiou suas atitudes
O som da virtude, o som da gratidão, do amor, o som da vida
É este o som que move seus passos
Que bem lá do fundo chama, lá do fundo guia;
O agora está chamando
E a música ressurge, o volume gradativamente aumenta
Eis que;
                                          Aonde iremos agora?
                                          Aonde iremos?
As perguntas, claro sempre elas
Que seja, deixe-as aparecer
Sem perguntas, sem respostas, obvio.
As respostas aparecem quando a pergunta é feita
Saiba perguntar para saber responder
É preciso amar, é preciso se entregar
Entrega-te a música que lá do fundo retina
Conversa com as vozes que assombram
Usa teu medo
Gostando ou não dele, provavelmente o terá como companhia
Impulsiona tua vontade e tuas habilidades
Pacientemente flerte com os medos,
Não te farão mal, desde que não lhe tirem do teu caminho
Com medo ficamos mais atenciosos, perspicazes
Novamente, que seja, sinta
Querendo ou não sentirá.
Permita-te ouvir, sentir, usar, permita-te viver.

Daniel Albherto Gabiatti

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Apenas um palpite


Apenas um palpite
 
Olhe os livros velhos na estante;
Livros que nunca leste.
Se é que tens vontade de abri-los
Quissá terá tempo para ler,
Desculpas brotam aos punhados
E nas empoeiradas prateleiras ficam esperando;
Tu te acostumas com a imagem perfilada dos títulos horizontais
O tempo passa, tu envelhece, teus livros não…
O mesmo acontece com os sonhos
Parecem livros na estante do coração
                                          Abra o livro do destino
                                          Abra o livro dos sonhos
                                          Abra o livro da vida
Se não percebes, o tempo passa
Mesmo que te preocupe em perceber, o tempo passa
Já passou e muito, bem sabes disso
Deseja voltar no tempo
Deseja que alguém retire o pó da estante e lhe diga: leia
                                          Seja aquele que percorre as estantes do coração
                                          A biblioteca é fantástica
                                          Os livros em branco
                                          Aguardam que sua caligrafia dite o rumo de sua existência
Deixo aqui apenas um palpite
Abra o livro do destino,
Abra o livro dos sonhos,
Abra o livro da vida.
Retire o pó da estante
Abrace a verdade, o amor e a glória de sua história
Não apenas queira: Seja.
.
Daniel Albherto Gabiatti.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Transcendência


Transcendência

Lá esta, fervendo na loucura dos sentidos
Saboreando seu cálice de veneno,
Imersa em seu negro buraco.
                                          Que seja essa a verdade que desejas
Escraviza-se em litros vazios,
No calor das cinzas pelo chão.
Confunde-se com a realidade que planejara.
Aponta o caminho: sua alma clama, seu corpo chora
Aprenda criança com o anjo que sorri,
Aprenda a importância do destino
                                          Abra tuas mãos
                                          Abrace teu caminho
                                          Brinda tua nova vida
Corre de tudo, de todos,
Daquilo que fora,
Da luxuria que lhe sufocara
Segue rumo à luz, agora já sorri,
Flerta com suas sátiras
Com passado que não é mais seu
Não há choro,
Não há mais lagrimas,
Seu passado é prólogo da nova vida,
O calor das noites frias que viveu se une à energia de seu sol noturno
Sol que brilha como seus olhos
Olhos que fitam o anjo que acima das nuvens paira
Angelical é a voz que ecoa aos quatro ventos
                                          Um sorriso pode mudar o mundo;
                                          Um sorriso sincero, de fato muda
Transcende em sua fuga
Cisma sua percepção            
Se perdoar é esquecer,
Quer apenas do seu futuro lembrar
Nada além de ser
Quer apenas viver.

Daniel Albherto Gabiatti

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Essências

Essências

Medo por vezes alucina a noção do mundo
Insano pensamento aguça a mente
Várias variáveis analisadas sob o viés temível
Renasce da ideia semeada no profundo da percepção
Noção dividida em perplexos antagonismos eclode como explosão vulcânica
Para pensamentos soltos em alucinações devassas
Existem segredos que confundem, distorcem a real visão do todo
É oriundo da insegurança existencial do invisível, intocável, indevassável medo
Medo, incerteza, covardia ou lucidez de estar realmente morto
Não sabe da luz emanada da fonte explosiva que alimenta a mente
Vida que renasce trazendo perguntas, desejos e dramas
Essências de uma noção real da existência.

Alexandre Antonito Zampiva*
Daniel Albherto Gabiatti*
* Texto escrito à duas mãos, uma palavra de cada autor por vez.